28 abril 2009

O Computador como Tecnologia Educacional

Os livros fazem de tal forma parte de nossa educação que são saberíamos ensinar e aprender sem eles.

Mas o livro mudou não só a educação. Sem a imprensa provavelmente não teria havido a eclosão da Reforma Protestante, o surgimento da Ciência Moderna, o fortalecimento das diferentes línguas, e, conseqüentemente, o florescimento das culturas regionais e nacionais e o aparecimento dos Estados modernos.

A Segunda Renascença em que fala Drucker tem sua força motriz em outra tecnologia educacional: o computador. O computador, que nasceu como tecnologia bélica, e se popularizou como tecnologia industrial e comercial, é hoje, eminentemente, meio de comunicação e tecnologia educacional.

O computador se tornou meio de comunicação ao se infiltrar, subversivamente, nos meios de comunicação tradicionais, provocando a digitalização dos conteúdos por eles veiculados. Digitalizaram-se os meios de comunicação impressos: hoje livros, revistas, e jornais estão disponíveis na Internet, e, não importando onde estejam fisicamente armazenados, é possível aceder a eles instantaneamente de virtualmente qualquer parte do planeta. O som se digitalizou, e a popularização do som digital disponível em CDs e a universalização da Internet estão fazendo das rádios tradicionais emissoras globais. A fotografia digital já está aqui, e o vídeo-fone e a televisão digital estão às portas. Nos países mais avançados já se trocam mais mensagens eletrônicas do que cartas pelo correio convencional. Até a telefonia tradicional está ameaçada pelo "Internet Phone". É a revolução nos meios de comunicação. Cinco anos atrás ninguém sabia o que era multimídia: hoje todo mundo sabe que multimídia tem que ver com a comunicação, mesmo à distância, usando textos, gráficos, desenhos, sons, imagens estáticas e dinâmicas, tudo isso num ambiente de interatividade.

Essa revolução certamente não vai deixar de afetar a nossa educação, pois vai alterar drasticamente as maneiras em que aprendemos -- fora e dentro da escola. O mestre e a escola estão se virtualizando e a educação a distância vai ser a regra, não a exceção.

É por isso que cerca de 70% das pessoas que compram um microcomputador para uso doméstico o fazem pensando na educação dos filhos. Mesmo que não tenham uma idéia muito clara de como isso se dará, os pais estão convictos de que o computador é, hoje, a mais importante tecnologia educacional de que podem lançar mão, porque engloba todas as outras.

E o computador está revolucionando não só as maneiras em que aprendemos, mas as formas em que trabalhamos, o modo em que nos comunicamos uns com os outros, e até o jeito em que nos divertimos. A revolução que o computador está causando em nossa vida será muito mais ampla e profunda do que aquela que o livro provocou.

Vai levar algum tempo até que as escolas assimilem o computador às suas rotinas de sala de aula. Levou séculos para que o livro se tornasse tão popular a ponto de toda escola ter sua biblioteca e de um clássico ser vendido em banca de jornal por cerca de dois reais, tornando o acesso à informação impressa virtualmente universal. Vai levar muito menos tempo para o computador se tornar um eletrodoméstico tão ubíqüito quanto o rádio ou o televisor e para a informação multimídia estar "na ponta de nossos dedos", como há anos vem preconizando Bill Gates -- CD-ROMs, que custavam centenas de dólares há três ou quatro anos, hoje já são distribuídos gratuitamente, como brindes, em bancas de jornais. O problema é que o rádio e o televisor, embora onipresentes, foram mantidos em grande parte fora da sala de aula. Não podemos permitir que o mesmo se dê com o computador. O preço será a obsoletização da escola, como instituição pedagógica, e sua eventual transmutação em instituição de mera guarda de menores. Se isso se der, a expressão "Microsoft University" deixará de ser mera metáfora.

Mas o caminho do computador para a sala de aula passa pela familiarização do professor com ele (os alunos, nessa questão, o mais das vezes tomam conta de si mesmos). Para o professor se familiarizar com o computador ele precisa usá-lo nas mais variadas atividades, mesmo que elas não sejam de especial significado pedagógico nem voltadas para a sala de aula. Quando os professores tiverem com o computador a intimidade que hoje têm com o livro, descobrirão ou inventarão maneiras de inseri-lo em suas rotinas de sala de aula, encontrarão formas de criar, em torno do computador, ambientes ricos em possibilidades de aprendizagem que propiciarão aos alunos uma educação que os motivará tanto quanto hoje o fazem os jogos computadorizados, os desenhos animados, os filmes de ação, e a música estridente do rock.

Eduardo O C Chaves

Aprender e Ensinar na Sala de Tecnologia Educacional

Fazer parte da STE é aprender enquanto se ensina, é dividir enquanto somamos... Aqui fica registrado um pouquinho do que aprendemos e compartilhamos.

06 abril 2009

05 abril 2009

Nossos alunos sabem a importância da preservação do planeta Terra!!!!!!!!

Vamos construir uma escola melhor!!!!!

Objetivos da Reforma Ortografica:


Ensinar noções fundamentais para expressão adequada na língua portuguesa. Erros gramaticais provocam falhas na comunicação empresarial e prejudicam o desempenho do profissional e da empresa como conjunto. O curso tem como objetivo principal orientar o público interno para evitar tais falhas. Pretende-se também explicar para os participantes a importância no cuidado da apresentação formal e gramatical das comunicações internas e externas feitas por e-mails, cartas, memorandos e relatórios. Os participantes aprenderão também a redigir de forma correta diversos tipos de textos ligados à área empresarial. Auxiliar os participantes no reconhecimento e aprimoramento das normas e nas soluções para codificação e decodificação de textos simples e complexos preferencialmente administrativos, cuja redação objetiva, clara e coerente sirva de modelo para qualquer procedimento comunicativo da empresa. Contribuir para uma boa construção do enunciado oral e escrito, rever aspectos, fundamentais de gramática que valorizem o texto, alertar sobre as principais diferenças do texto oral para o escrito.

A quem se destina: Público interno da empresa. Profissionais que usam o e-mail como ferramenta de trabalho para contato com o cliente interno e externo. Enfim, todos aqueles que precisam redigir com qualidade, usando com propriedade a norma culta da língua portuguesa.

04 abril 2009

01 abril 2009

Saiba como evitar atitudes violentas dos filhos na escola

Apesar da redução no número de registros de casos de violência nas escolas estaduais de São Paulo (de 4.011 em 2004, para 2.491 em 2007, segundo a Secretaria de Estado da Educação), casos como os dos personagens de Duda Nagle (Zeca) e André Arteche (Indra), da novela “Caminho das Índias”, ainda são frequentes. Filho de César e Ilana, Zeca é sempre protegido pelos pais, independentemente da violência com que haja com Indra.

“A agressividade sempre esteve presente na sociedade, mas acredito que atualmente tem se tornado ainda mais intensa, com o ritmo de vida mais acelerado e estressante, o que consequentemente afeta os alunos também”, diz Maria Cristina Banhara, diretora da rede de educação adventista na zona sul de São Paulo.

Para a educadora, uma das soluções para reduzir casos de violência nas escolas é uma parceria de respeito e confiança entre os pais e seus filhos. “É essencial a presença e a qualidade no tempo destinado a nossos filhos. Acredito que os objetivos dos pais e da escola devam ser os mesmos: formar cidadãos felizes, competentes, seguros, que respeitem e sejam respeitados”.

"Vigília e diálogo são ações fundamentais para que os pais possam contribuir no processo de educação, além de dar bons exemplos e fazê-los assumir responsabilidades que estejam de acordo com a faixa etária deles. Dar tarefas que eles não são capazes de cumprir também leva a baixa autoestima e revolta pelo fracasso, desapontamento e cobrança excessiva", afirma Irina Lembo Barriviera, coordenadora pedagógica do Colégio Ranieri, associado ao Sistema de Ensino Pueri Domus.


Causas da violência nas escolas

Um estudo realizado, entre 2003 e 2004, por pesquisadores do Núcleo de Estudos da Violência, da Universidade de São Paulo (NEV - USP), aponta que a falta de dados aprofundados e atualizados sobre a violência nas escolas impede um diagnóstico específico sobre as causas que levam a esse tipo de comportamento. O estudo abrange escolas estaduais e municipais das zonas sul e leste de São Paulo.

“Identificamos mais casos de pequenas violências, como agressões verbais e desrespeito, e alguns casos um pouco mais isolados de agressões físicas, mas que em geral são causadas por essa falta de respeito dentro das salas de aula”, afirma a pesquisadora Karen Ruotti, do NEV – USP. Ainda segundo Karen, algumas situações de violência nos bairros em que as escolas estão localizadas também acabam transferidas para dentro da escola, como o tráfico de drogas.

“Acredito que a criminalização das crianças e adolescentes é um problema muito mais amplo, que não pode ser abordado como culpa apenas do aluno, da escola ou dos pais, mas deve ser tratado como um problema de falta de diálogo”, diz. Karen avalia que é fundamental desenvolver atividades que combatam o preconceito entre os alunos e ensinem o respeito. “As grandes ações de violência começam com discussões que poderiam ser resolvidas de forma mais simples”.


Para Irina, muitos são os fatores que tornam crianças e adolescentes seres estressados e violentos. "Podemos citar principalmente a ausência dos pais, que passam grande parte do dia trabalhando, a falta de limites para compensar essa ausência, materialismo e consumismo exagerado, exemplos e reforços negativos, a mudança de estrutura familiar, além da significativa perda de valores tão necessários para o convívio saudável em sociedade, como o respeito", diz.

Como os pais devem agir


Para ajudar no combate à violência nas escolas, a pesquisadora Karen orienta que é necessário incluir os pais em todo o processo educacional. “Chamar os pais na escola apenas para reclamar das atitudes dos filhos não funciona. O ideal seria que os pais participassem do dia-a-dia na escola, em ações conjuntas com professores, e com projetos que estimulem a quebra do ciclo de violência e relações mais respeitosas”, diz.


Pais que já tiveram que lidar com filhos que agrediram colegas, segundo Irina, costumam agir de três formas: "Há pais que não aprovam a conduta da escola e passam a mão na cabeça do filho, nesse caso, a escola precisa trabalhar não só com os alunos, mas tentar trazer os pais para o seu lado; já outros pais apoiam a escola, o que facilita nosso trabalho; alguns pais não concordam com a escola de imediato, mas autorizam uma intervenção", diz.


"Não temos nenhum programa específico ou receita para evitar esse tipo de comportamento. Há necessidade de estarmos atentos e de conhecermos individualmente cada aluno, unindo-se com os pais e procurando agir com cautela para não aumentarmos o problema. Após esse cuidado, é necessário desenvolver um projeto que envolva escola, pais e muitas vezes, a comunidade para atingir os objetivos. Querer solucionar esse problema sozinho é praticamente impossível".


Participação da escola

Para tentar amenizar a incidência de casos de violência na rede pública de São Paulo, a Secretaria de Estado da Educação adotou um pacote de segurança que inclui câmeras de vigilância e intensificação da Ronda Escolar. Já as escolas da rede adventista, desde 2007, desenvolvem o projeto “Vivenciando Valores por um Mundo Melhor”, desenvolvido em todas as unidades.


“Trabalhamos mensalmente, de maneira teórica e prática, qualidades que envolvem princípios de vida. Além do apoio pedagógico, contamos também com Serviço de Orientação Educacional, composto por psicólogos e orientadores pedagógicos, e Pastoral Estudantil, que dão suporte e fazem a transversalidade do projeto", diz a diretora da rede.


FONTE:EDIÇÃO MS